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quinta-feira, dezembro 20, 2012

Amigas

Amigas são melhores que irmãs − Amigas não trazem na bagagem histórias de família, competição pelos afectos, roupa, beleza ou homem.

O calendário não manda nas Amigas, salvo se elas assim o decidirem.
Amigas riem, choram, concordam, discordam, contradizem, viram do avesso.

As melhores amigas são muito diferentes de nós, e entre si também.
Há uma dor que as Amigas nunca têm, é no cotovelo, porque Amiga nunca tem inveja de nada em nós.
Amigas interessam-se. E cuidam. Sempre.

Não importa que as Amigas estejam longe muito tempo porque, quando chegam perto, são a negação do próprio tempo.

Mesmo assim ele passa, e é quando deixam de pedir café e optam pela tisana ou pela água que descobrem, juntas e estupefactas, quão pouco mudaram, e como as grandes questões das suas vidas, toscamente “descascadas” anos antes, permanecem quase inalteradas. Voltam repetidamente as elas, acompanhando a tisana ou a água, mas sem pressas, sem pinças e sem luvas.

E falam, falam, falam, cavalgando as horas; e riem, choram, concordam, discordam, contradizem, viram do avesso.

A vida, na sua muito própria sabedoria − que por vezes não descarta a injustiça, não anda por aí a distribuir Amigas ao desbarato. Nem outras Graças.

Para as conceder exige atenção, porque, como muito bem percebeu o Vinícius − Amigo(a) a gente não faz, Amigo(a) a gente reconhece.