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terça-feira, setembro 04, 2012

Uma grande teia

Há não muito tempo, li no Público uma notícia que dizia:
“465 mil desempregados não recebem proteção social há 9 meses”.
Apertou-se-me o estômago, mas pior fiquei quando esmiucei a situação.

É certo que hoje há muitas organizações que asseguram a alimentação básica, algum vestuário e até ajuda para manuais e material escolar mas, quem paga a renda da casa ou o empréstimo ao banco, quem paga a conta da água e da luz, quem compra a aspirina ou o antibiótico para a criança, quem paga o bilhete de autocarro para ir ao centro de emprego, quem, enfim, paga essa infinidade de pequenas coisas que nos fazem voar o dinheiro da carteira por mais despojada que seja a nossa vida?

Essas 465 mil pessoas estão entre nós, discretamente, silenciosas. A sua sobrevivência é um mistério mas, de certeza, só a conseguem com base numa enorme teia de solidariedade urdida sobretudo na família, mas às vezes também nos vizinhos e amigos.

Somos bons nisso. Mas tenho vergonha daquilo.

quarta-feira, junho 06, 2012

O nosso homem da maratona

Eu oiço muito pouco do que diz o ministro Gaspar. Dá-me sono, e a “ficha” solta-se sem aviso. Não tem importância, porque depois os telejornais dizem-me mil vezes o que eu não ouvi, e tudo fica bem quando acaba bem.

Victor Gaspar parece-me um corredor da maratona, disposto a correr muito e durante muito tempo (já lá vai um ano) só para nos trazer más notícias.

Porém, há qualquer coisa de anómalo num ministro que vem, pressuroso, como na semana passada aconteceu, prever que, se agora o desemprego é grande, para o ano será pior, como quem diz - esperem para ver se não acreditam em mim.

Isto é esquisito, e é tal a correria que, às vezes, apetece-me dizer-lhe que pare um bocadinho, descanse e nos deixe descansar a nós.

É que temo que lhe aconteça o mesmo que ao guerreiro ateniense que correu 42 quilómetros para dar a boa-nova da victória sobre os persas e caiu mortinho à chegada.

Claro que haveria sempre uma diferença; o ateniense ainda conseguiu, antes de morrer, dizer “Vencemos”, coisa que, desgraçadamente, nunca ouviremos ao Gaspar.

terça-feira, maio 15, 2012

E se a gente desempregasse o Pedro?

Ó caraças, o que eu gostava de o ver na fila do Centro de Emprego com uns papelitos na mão e a dizer aos seus parceiros – crises são oportunidades, crises são oportunidades, crises são oportunidades, crises são oportunidades, até que alguém, fartinho de o ouvir, lhe enfiasse um banano.

Mas isto é só um desabafo, porque o importante é perceber como ele mente quando diz que somos pouco empreendedores, e como é falaciosa a retórica sobre desenvolvimento e número de empresários.
Para isso vale a pena ler o post de 11 de Maio do blogue Esquerda Republicana em que se apresentam dados da OCDE relativos à taxa de trabalhadores por conta própria e onde se lê:

«E não é que Portugal é o quarto país da OCDE com mais «empreendedores», apenas ultrapassado pelo México, pela Turquia e pela Grécia? Sim, leram bem: a Grécia é o único país da UE com mais empreendedores que nós.
E os Estados Unidos da América, símbolo de uma nação rica que dá lições à Europa no que diz respeito à promoção do empreendedorismo, são o terceiro país da OCDE com menos empreendedores. Têm uma taxa de trabalhadores por conta própria cerca de três vezes menor que a portuguesa.»

Vale a pena ler tudo para percebermos melhor que o primeiro-ministro não sabe o que diz, ou mente descaradamente, quando fala desse tema chato e desinteressante que dá pelo nome de DESEMPREGO.
Gostava tanto que desempregássemos o Pedro, só mesmo para o ver a descobrir oportunidades que não fossem por conta do partido e da cunha dos amigos do partido. Seria uma novidade na vida dele.








quarta-feira, maio 04, 2011

Realeza

Ao sair de Buckingham, para um fim-de-semana privado com o príncipe William, a duquesa de Cambrige, Kate Middleton, elegeu um modelo azulda marca 'low cost' Zara, que também está à venda em Portugal por €50
DN online 3 de Maio

Por quanto tempo ficará a jovem Kate assim com hábitos de burguesinha?
É que, se seguir o exemplo de Letizia de Espanha, os britânicos irão pagar bem caro o seu “aperfeiçoamento”.
Como se vê na foto, Letizia mais parece uma prima afastada daquela que conhecemos há uns anos. Acho até que o Filipe ao acordar, ainda estremunhado, de vez em quando deve pensar “quem é esta?”
Os espanhóis, tão donos do seu nariz, continuam a pagar o nariz de Letízia e outras coisitas mais, enquanto a taxa de desemprego sobe para 21,3% e o país já tem quase 5 milhões de desempregados. O número de famílias com todos seus membros desempregados é de 1.386.000.
Mas Letizia vai passar de patinho feio bem vestido a ícone da beleza latina.
Espanhol paga.