Mostrar mensagens com a etiqueta Maternidade Alfredo da Costa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Maternidade Alfredo da Costa. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, abril 12, 2012

Uma agenda para a humilhação

Podemos dar quinhentos “abraços” à Maternidade Alfredo da Costa, podemos gritar e espernear, podemos provar por A+B+C+X+Y que é um erro fechá-la; porque é excelente, porque nela se investiu muito, porque é património emocional dos lisboetas, porque a sua existência nos dá segurança.
Ela vai fechar na mesma, porque o governo já decidiu.

Já tínhamos percebido, neste governo, uma agenda bem definida de protecção de grandes interesses, de empobrecimento colectivo, de precarização geradora de medo. Aos poucos, vamos descobrindo uma agenda escondida para a infelicidade geral.

Uma agenda para a humilhação, sem a ajuda da troika.

Se nós gostamos, se temos orgulho, se queremos, então o governo decide que é para acabar, fechar, destruir.

São as bastonadas no orgulho, na confiança e nos afectos colectivos que nos vão destruindo por dentro, fazendo perder o ânimo e a vontade de reivindicar um futuro.

Não se estranha, pois, a apatia generalizada, a indignação que definha, deixando em seu lugar apenas a uma “austera, apagada e vil tristeza” que por todo o lado se vai sentindo.

Nós não temos apenas um mau governo. O caso do fecho da Maternidade Alfredo da Costa prova que temos um governo macabro.