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terça-feira, janeiro 14, 2014

Merkel já tem um javali













 
 
 
O acidente de frau Merkel, quando praticava esqui numa estância Suíça, provocou alguns sorrisos e algumas piadas, mas poucos repararam, julgo, na notícia mais completa do DN Economia – Esquis de Merkel tinham 25 anos e eram da RDA
“…as mais de duas décadas de uso terão deixado as suas marcas, sobretudo, em materiais como a madeira.”, escreve-se .

O título da notícia e o respectivo desenvolvimento, sabemo-lo hoje, constituem todo um programa e um modo de vida.

Esta aventesma que nos calhau em (pouca) sorte, gere a sua vida, provavelmente a sua casa, e seguramente o continente europeu, como uma dona de casa bronca e avarenta que não hesita em pôr a vida em risco por estar obcecada com a poupança.
O mealheiro é a sua prioridade (suponho que o porquinho já terá virado javali) e, por mais que lhe digam que, quem pode, deve consumir porque isso é bom para todos, ela não se deixa convencer.

Tramado mesmo, é que esta mulher, passados 24 anos sobre o fim da RDA, continua sem conseguir perceber um princípio elementar do sistema capitalista que professou − dinheiro faz dinheiro.

Não será burra, mas lá que tem uma estranha inteligência, isso tem.

terça-feira, setembro 24, 2013

Mãezinha (deles)













 
A esperada victória da Merkel não me aborreceu nem um bocadinho.
E por várias razões:

- Pertenço ao grupo dos que, cada vez mais, acreditam que só devemos contar connosco.
- Nos últimos anos comecei a detestar surpresas.
- Se há coisa que temos aprendido todos os dias é que pior é sempre possível.

Assim, a única coisa que me inquietou foi perceber que aqueles nossos parentes europeus chamam Mutti (mãezinha) à Merkel.

O vizinho (deles) Freud bem podia vir cá a baixo que há ali muito trabalhinho para fazer.
Mas depois nós é que somos os problemáticos da “família”. Livra!

terça-feira, abril 23, 2013

Mais uma boca da alemã


“Merkel diz que países do euro devem estar preparados para ceder soberania”

Público


Não sei de que é que ela estava falando, nem percebo a agitação provocada por mais uma boca da alemã, mas isso também pouco me interessa, porque para esse “peditório”, o de ceder soberania, nós já demos tudo.

Não temos nenhuma, estamos de calças na mão; ela, se quer cedências de soberania, agora vai ter de procurar noutra colónia.

A mim, o que me pode interessar é exactamente o contrário − reaver alguma soberania, porque me sinto num clube de ricos onde não posso jantar.
Entrego o cartão de sócia com a maior das boas vontades, e volto para a lusa tasca onde ao menos posso escolher entre jantar pipis, caracóis ou jaquinzinhos.

E a alemã que continue a jantar soberanias, a ver se eu me importo com a prisão de ventre dela. Pfff.

Nota: na imagem ali de cima, retirada do Público, aparecia a Merkel, mas cortei-a porque me desfeava o blogue.

terça-feira, dezembro 18, 2012

Havemos de ser todos alemães


Querida Senhora Merkel

No passado domingo li e ouvi que a senhora está preocupada com a lentidão do nosso “ajustamento”.

Antes de mais, deixe-me dizer-lhe o quanto admiro a sua capacidade de trabalho – nem ao domingo descansa. Só tenho pena que também não nos deixe a nós descansar de si.

Somos um pouco lentos, é certo, mas já percebemos que, para seu contento, um dia havemos de ser todos alemães.

Eu, para aprender mais depressa, até fiz uns bonecos que tenho sempre diante de mim e que lhe venho mostrar; à esquerda, o que somos, à direita, o que seremos.

Por isso, tenha calma. Havemos de lá chegar.
Auf wiedersehen, liebe frau.

 
 
 
 
 






PS: imagens recebidas por e-mail
 
 
 
 
 

sexta-feira, novembro 09, 2012

Vem aí a Merkel

Geralmente em modo zangado, já muitas vezes aqui abordei o tema Merkel.
Ela vem aí, e à sua espera terá uma manifestação cujo slogan é – Que se lixe a troika, a Merkel não manda aqui.

Acontece que manda.

E manda sobretudo por causa do nosso comodismo e analfabetismo político, muito mais do que pelo facto de a Alemanha ser nossa credora.

Se o projecto de Europa a que aderimos está hoje completamente desfigurado pela existência dum directório em que a Merkel é soba, a culpa é nossa.

Se aqui estamos agora, pobres e sem soberania para sair da pobreza, é porque, de todas as vezes que houve um novo tratado, nunca exigimos conhecê-lo, discuti-lo ou referendá-lo, isto é, assinámos de cruz.

A Merkel é nossa credora usurária mas contra ela nada posso – não a elegi, e a sua permanência no poder não depende da minha vontade nem dos meus gritos, que também não a fariam mudar.

O que eu posso, e tenho o dever de fazer, é gritar aos ouvidos do meu governo que é ele que tem que gritar aos ouvidos da Merkel, e dos outros, que precisamos renegociar a dívida para que a possamos pagar; se o governo não o fizer ou nada conseguir, eu vou gritar-lhe aos ouvidos que tem que, ao menos, negociar a nossa saída do clube dos ricos a que, manifestamente, deixámos de poder pertencer.

É isso, e apenas isso, que estou disposta a gritar “até que a voz me doa”.
Quanto à Merkel, já está fora da minha “guerra”.

Assinar cartas a dizer-lhe que é mal-vinda, ou ir berrar-lhe coisas que ela não ouvirá, parecem-me actividades lúdicas e inconsequentes que, com franqueza, não me apetecem.
Posto isto, e como sempre preciso de encontrar algum sentido para o que faço, obviamente, não vou.

 
PS: Tudo o que disse não invalida que, após a sua saída, o país precisasse de muitos objectos como o da imagem acima, roubada há tempos ao blogue Delito de Opinião.

 

sexta-feira, outubro 19, 2012

Chamar nomes é feio, eu sei, mas...

Primeiro vieram as tropas dizer que, no estado em que as coisas estão, as forças armadas não estarão em condições de “defender a soberania do país”.
Independentemente das razões que possam assistir às tropas, perguntei aos meus botões – qual soberania?

Os botões responderam que podíamos tentar rapar o fundo do tacho a ver se ainda encontrávamos alguma, mas só isso.

De seguida, vem a notícia de que a Merkel reclama o direito de ingerência nos orçamentos dos outros Estados.
Aí, já nem perguntei nada aos botões; só exclamei de dentes cerrados – grande CABRA!
Acho que eles concordaram.


sexta-feira, maio 25, 2012

Merkel com dores nos pés

Frau Merkel nasceu, cresceu e tornou-se adulta na ex-RDA, e isso não acontece impunemente. A minha geração também nasceu, cresceu e tornou-se adulta sob uma ditadura.

Porém, a minha geração lutou contra a ditadura, o que não me lembro de ter acontecido com a dela. Enquanto por aqui se organizaram lutas colectivas que abanaram o regime, a dissidência da Merkel limitou-se, segundo li há tempo numa entrevista, a conseguir não integrar a Stasi argumentando que era incapaz de guardar um segredo.
Mulherzinha esperta!

A sua fixação no défice zero, e na “casa arrumada” fazem-me pensar que o que ela acharia mesmo bom era um plano quinquenal para a Europa, controlado por ela mesma, com atribuição de medalhas, não ao trabalhador do ano, mas ao país do ano.
Aos alemães vendeu a receita das contas certas e castigo para quem o não conseguir, sem mais explicações, e eles compraram. Passaram todos até a dizer em coro que o óleo de fígado de bacalhau da chanceler era um muito bom óleo de fígado de bacalhau.

Agora que o discurso na Europa está a mudar, ainda que muito ligeiramente, e a senhora percebeu que vai ter que vender um produto um pouco diferente ao seu povo, começa a sentir um apertozito nos calos e precisa de “descalçar a bota”.

Segundo o JN, Merkel já ontem afirmou em Berlim:
“…a fragilidade de países parceiros do euro acabará por concorrer para a fragilidade da Alemanha. Citada pela Bloomberg, Angela Merkel disse, em Berlim, que a Alemanha só pode ser forte se os seus vizinhos estiverem bem.” (notícia aqui)

Ainda a ouviremos dizer muitas outras coisas, e não sei se vai conseguir “descalçar a bota”, mas lá que ela está com dores nos pés, lá isso está.
O que, não sei porquê, me provoca uma inusitada alegria.

quinta-feira, maio 17, 2012

O touro e o gato

Há dias em que até o mais incréu dos incréus precisa de se convencer de qualquer coisa. A tão apressada visita do Hollande à Merkel provocou à minha volta comentários do tipo – vai ao beija-mão! servilismo!

Eu, em abstrusa fase de increia com fé, preferi pensar que senhor estava com pressa de dizer várias coisas à alemã, como por exemplo: que o eixo franco-alemão é importante mas que a capital da Europa é Bruxelas e não Berlim, que precisamos de mais democracia interna e que esta história de serem só dois a mandar está a deixar alguns povos europeus exasperados, que é preciso defender a Grécia “custe o que custar” antes que a Europa comece a apodrecer das bordas para o centro, que isto de castigar os que estão na mó de baixo já deu mau resultado se ela bem se lembra de Versalhes (será que estudou isso?), que precisamos de repor o modelo europeu e não importar o chinês etc. e, assim, decidi acreditar que ele não ia apenas ao beija-mão.

De facto, não sabemos o que se passou entre eles, mas imagino que tenham sido dois animais, com polimento civilizacional, a medirem-se um ao outro, dado que não se conheciam.
Sabemos que a Merkel é um touro (evito aqui o feminino por decoro) mas ainda não sabemos que animal será Hollande.

Contudo, no Público de ontem, cita-se uma jornalista francesa que escreveu:

“…Hollande parece-se como esses gatos (espertos e indecifráveis) que teimam em vir enroscar-se nos sofás proibidos. Impõe a sua vontade à força de insistência, de sorrisos e de obstinação.”

Que a assim seja, desde que a sua vontade seja uma boa vontade e ele não perca demasiado tempo com salamaleques; é que o touro, se puder, não perderá a oportunidade de lhe dar uma valente cornada.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Portuguesinha de gema

Lá em casa sempre ouvi um ditado assim: “dos teus dirás mas não ouvirás”.

As gerações que nos precederam eram fecundas em aforismos. Estes constituíam, no seu entender, verdades incontestáveis que lhes serviam para rematar, ou melhor dizendo, matar, as conversas em que nos mostrávamos mais “respondões”.

Certo é que eles me entraram no ouvido e muitas vezes me vêm à memória, embora hoje não sirvam para nadinha porque há muito tempo que ninguém está disposto a aceitar aforismos seguidos de ponto final.
Contudo, portuguesinha de gema que sou, tendo a descair para o lado do “dos teus dirás mas não ouvirás”

Vem de lá Merkel e diz que há túneis a mais na Madeira.
A gente sabe que os túneis foram feitos com dinheiro dos fundos estruturais, todos aprovados em Bruxelas, e por isso ela não pode pôr o corpinho todo de fora.
Mas, no fundo, e se virmos bem as coisas, a mulher até tem razão, só que aquilo dito por ela chateia-me, pá.

Depois vem um tal Schulz dizer que nos andamos a meter demais com más companhias – para ele Angola, para mim, China e Angola.
Ora, ele sabe que para pagar o que lhe devemos e mais os juros usurários que nos exigiram, vamos ter que vender as joias a quem der mais.
Quer receber o dinheirinho? O melhor é deixar- se de moralismos e nem perguntar por onde andámos para o arranjar.
Mas, no fundo, e se virmos bem as coisas, o homem até tem razão, só que aquilo dito por ele chateia-me, pá.

É óbvio que o velho “dos teus dirás mas não ouvirás” foi coisa que me ficou, o que, em boa verdade, também me chateia um bocado.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

As nossas desculpas, Sr ª Merkel

Parece que é nos próximos dias que os do costume vão “refundar” a Europa e o euro. Se não resolverem adiar, como também é de costume, diz-se que o caminho da refundação já está mais ou menos traçado – mais austeridade, mais chibatadas nos malcomportados, policiamento atento desses “marginais” e castigo exemplar se pisarem o risco novamente.

A Merkel diz: estas são as minhas regras e quem não quiser pode ir morrer longe.
Eu não quero ir morrer longe, preferia morrer por aqui mesmo, e até gosto da Europa e de ser europeia. Por isso, antes que eles comecem a distribuir chibatadas, e na esperança de atenuar o castigo, quero pedir desculpa à senhora Merkel.

São muitas as faltas, eu sei, mas quero pedir desculpa, em nome de toda a classe média portuguesa, por nos últimos trinta anos termos comprado carro com o mesmo entusiasmo com que os americanos compraram o seu Ford T no princípio do século XX; por acharmos que tinhamos que morar em algum lado e termos comprado um T2 nos subúrbios com uma mensalidade que até era menor que qualquer arrendamento; por termos aceitado as “prendas” que o banco juntava à casa; por termos comprado mais uma televisão para a cozinha; por termos comprado dois pares de botas para o inverno, em vez de um só; por termos provado sushi e muffins; por termos ido tratar os dentes no dentista privado; por termos comprado vacinas “supérfluas” para as nossas crianças; por termos experimentado andar de avião para gozo de oito dias de férias na Tunísia; por termos ligado mais aquecedores em dias muito frios; por termos comprado aulas de música, ou de arte ou de informática ou de inglês para os nossos filhos; por gostarmos de ir à Fnac e, de vez em quando, cairmos na tentação de comprar um livro ou um CD; por em 2010 termos ido ao teatro para lá de 1 milhão e oitocentas mil vezes.

Por tudo isto, e mais umas quantas parvoíces que fizemos, peço desculpa.
Disseram-nos que éramos europeus e quisemos saber como era isso. Foi um erro, está visto, gastámos demais e vamos voltar a ser pobrezinhos mas honrados como o Dr. Salazar gostava.

Também nos disseram que “…a Europa foi construída com base na solidariedade e não da submissão dos fracos aos poderosos”. (editorial do Expresso de 3 de Dezembro), e nós acreditámos, tontos que somos.
Pedimos desculpa, senhora Merkel, mas pode ter a certeza que o fazemos com “uma raiva a nascer nos dentes”.
E isso, não sei porquê, não me parece um bom sinal; nem para si, nem para nós.

segunda-feira, setembro 26, 2011

A mulher ensandeceu

Disse ela, segundo o Expresso online:

Angela Merkel defendeu o agravamento de sanções a países da zona euro que não cumpram os critérios de estabilidade, incluindo a perda de soberania, em entrevista no domingo à televisão pública ARD.
"Quem não cumprir, tem de ser obrigado a cumprir", afirmou a chefe do governo alemão, sugerindo ainda alterações aos tratados europeus para que os países prevaricadores possam ser processados no tribunal europeu de justiça, se necessário.

Com toda a soberania que já perdemos, só nos falta mesmo que ela escolha um alemão para nosso primeiro-ministro.

quarta-feira, maio 18, 2011

Frau Merkel, de novo

Ela disse que a Alemanha está disposta a ajudar-nos (?) mas que a idade da reforma e tempo de férias têm de ser iguais aos da sua santa terrinha, farol da humanidade, como se sabe.
A pergunta óbvia é: e o resto, não? Por exemplo os salários, só para começar.