Mostrar mensagens com a etiqueta Obama. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Obama. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, maio 02, 2013

Guantánamo

Várias vezes me tinha já interrogado sobre a continuação da prisão de Guantánamo.

Se Obama tinha o seu encerramento como bandeira logo na primeira eleição (2008) e se passados mais de quatro anos tudo estava na mesma, Obama mentira.

Certamente cruzei-me com esta informação várias vezes sem lhe prestar atenção. Até hoje.
E com ela mais uma vez se prova que, afinal, o “homem mais poderoso do mundo” não tem tanto poder assim.

-------------------------

Notícia do Expresso online de ontem

O Presidente dos EUA está preocupado com a greve de fome dos detidos de Guantánamo, em Cuba, e voltou hoje a insistir que a prisão deve ser encerrada.

"Não é uma surpresa que tenhamos problemas em Guantánamo, por isso é que quero encerrar o centro prisional. Como é óbvio estamos preocupados com esta greve de fome e não queremos que os prisioneiros morram", disse Barack Obama, durante uma conferência de imprensa em direto da Casa Branca.

Metade dos detidos de Guantánamo está, desde fevereiro, em greve de fome, sendo que um em cada dez prisioneiros está a ser alimentado à força.

"A prisão de Guantánamo não é necessária para manter a América segura, é cara, fragiliza-nos a nível internacional e é um centro de recruta para extremistas", frisou Obama que desde o primeiro mandato tenta encerrar aquele centro prisional.

Logo após a sua eleição, em janeiro de 2009, o Presidente assinou um decreto para que a prisão fosse encerrada, contudo, o Congresso tem votado leis e resoluções que não permitem que os presos sejam libertados.

"A ideia de mantermos para sempre detido um grupo de indivíduos sem ser julgado é contrária àquilo em que acreditamos e ao que somos", sublinhou.

 

 

segunda-feira, novembro 05, 2012

Obama

Há quatro anos, por esta altura, o mundo estava expectante com as eleições americanas. Depois dos oito anos de chumbo de G. W. Bush, ansiávamos por algo de novo, mais leve e promissor, que viesse daquele lado do mundo. Podia ser uma mulher ou um negro, e isso, só por si, já era uma radical mudança, mas mesmo o candidato republicano tinha uma dignidade reconfortante.

Por mim, fui totalmente apanhada pelo carisma de Obama, e podia ficar horas a olhar para o homem na televisão.
Após a euforia da eleição, percebi quão difícil seria para aquela criatura satisfazer as expectativas de tanta e tão diversa gente.

Com os pés no chão, comecei a desejar apenas que ele não nos desiludisse muito.
Obama é homem do sistema, e a política é arte do possível, logo, não haveria espaço para transformações profundas.

Quando foi eleito, já tinha começado a crise do subprime, mas estávamos longe de saber como ela iria ser exportada para a Europa, e como iria mexer dramaticamente com as nossas vidas.
Chegados aqui, virados para dentro, lambendo as feridas, pouca atenção temos dispensado à eleição de amanhã, mas ela continua a ser importante também para nós.

Não sei em que proporção, internamente, Obama se saiu bem ou mal, mas sei que, cá fora, o ar continua mais respirável e menos ameaçador.
Romney tem-se apresentado como um homem de negócios de sucesso e um bom gestor. Acontece que, transportar a gestão para a política quase sempre dá mau resultado; a política, ainda mais numa potência, precisa de muito mais que gestores, precisa dos que são políticos até ao tutano.
 “Voto” Obama.


segunda-feira, junho 18, 2012

Esquecimentos

David Cameron esqueceu-se da filha mais velha num pub.
Obama esqueceu-se de pagar o almoço.
A ERC esqueceu-se do relatório Relvas.
Gaspar esqueceu-se do que ouviu no Eurogrupo.
44% dos franceses esqueceram-se que havia eleições.
Os gregos esqueceram-se da fantasia.
A Europa continuará a esquecer-se de si mesma.

Porcaria de notícias que li nos últimos dias.

quarta-feira, junho 15, 2011

"Viciado" em pornografia

O puritanismo dos americanos é bastante estranho para a maioria de nós, europeus. Entende-se por lá que os políticos devem ser bacteriologicamente puros, semideuses, e, caso se prove que não o são, têm assegurado um auto de fé com toda a nação a assistir.
Chegou agora a vez dum congressista do partido democrático, Anthony Weiner.
Constou que o senhor tem, desde há três anos, o hábito (vício?) de trocar mensagens eróticas na internet com seis mulheres, e isso foi suficiente para que vários congressistas do seu partido tenham já pedido a sua demissão, incluindo a imaculada líder da bancada, Nancy Pelosi.
Assim bem encostadinho à parede, o homem meteu férias e disse que ia procurar ajuda médica para tratar o “vício”da pornografia.
Obama viu-se obrigado a falar sobre o assunto classificando-o de “distracção” dos assuntos verdadeiramente importantes. E mais não disse.
Bom, é um primeiro passo, mas parece que nem Obama consegue dizer de caras aos seus compatriotas que têm que aprender a distinguir o que é público do que é privado, e que é um atentado às liberdades individuais, que tanto prezam quando lhes dá jeito, meterem-se no privado de cada um.
Com tanta exigência no que toca aos costumes dos políticos aquilo até parece um país em que ninguém espirra, ou tosse, ou tem caspa, ou mau hálito, sua dos pés, é adúltero ou promíscuo, ninguém bebe ou usa drogas, enfim, um país de gente completamente higiénica ou até mesmo asséptica.
O escrutínio exagerado, além de indecoroso, faz mal à política. Distrai.