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sexta-feira, julho 04, 2014

Uma fé dos diabos








 
 
 
 
 
 
 
 
Dizem que o Papa Francisco acredita no diabo.

E eu digo que ninguém tem nada com isso, cada um acredita no que quer, ora essa. Só tenho pena se ele vier a desiludir tanta gente que por aí anda toda babada com os seus sapatos pretos e cambados.

Uma prova desta sua crença, e também da retidão de procedimentos do Papa dos sapatos pretos será, talvez, a notícia da tvi24, segundo a qual a “Associação Internacional de Exorcistas, composta por 250 padres que alegam combater as forças do mal em mais de 30 países, viu os seus estatutos aprovados pela Congregação para o Clero. A decisão dá reconhecimento legal à prática do exorcismo.”.

Nada como levar uma vida legal, e o Papa dos sapatos cambados sabe-o; fica-se sem medo da ASAE, ou da Autoridade Tributária, ou do demo, em suma, vive-se tranquilo, e não há dinheiro que pague isso.

Agora, com tudo assim nos trinques, já posso dizer: eles que venham!
Todos! Todos os padres exorcistas!
Nem sei se os 250 chegarão para combater as forças do mal que por aqui estacionaram, mas talvez.

Eu, pelo menos, confesso, com o exorcismo tratado assim ao mais alto nível em 2014 estou com uma fé dos diabos.
A ver se arranjo bilhetes para o exorcismo do primeiro casal.

quinta-feira, julho 18, 2013

O Papa Francisco, as Indulgências, o Twitter e o Purgatório











 
 
 
 
 
 
Quando vi o Papa Francisco, logo depois de eleito, aparecer à janela do Vaticano, gostei dele. Pareceu-me um homem simples.
 
Com estas parvoíces começa antes a parecer-me um simplório.
Se assim for, a quem serve um Papa simplório?

sexta-feira, março 15, 2013

Francisco


Justin Bieber e o Papa, qualquer Papa, são, no meu entender, marcas, e o comportamento dos fãs da marca não difere substancialmente, seja no Pavilhão Atlântico, seja na Praça de São Pedro.

Não sendo crente, aquilo lá em Roma não me diz grandemente respeito; daí a possibilidade de ter um olhar mais desprendido sobre a escolha do novo Papa e respectivos rituais.

O que eu vi aparecer à janela do Vaticano foi uma figura que me agradou.

Simples e sereno, vi ali um alentejano ou beirão, parco em palavras e gestos, certamente consciente do peso que vai começar a carregar, mas que não aparenta nem temor nem júbilo excessivos. Como se sentisse, com naturalidade, que “aquilo” lhe tinha “acontecido”, e pronto.

A esquerda das redes sociais tratou de vasculhar o seu passado, e de logo se mostrar desiludida por anteriores declarações contra o aborto, a eutanásia o casamento gay, ou o uso das drogas leves. Em suma, ficou expressa uma grande desilusão por a Igreja não eleger alguém com o programa fracturante do Bloco de Esquerda.

Se o ridículo matasse tinham morrido todos.

Quanto ao passado político de Bergoglio, só quem não viveu em ditadura pode acreditar que alguém, com um lugar cimeiro em qualquer hierarquia, pode nele permanecer, em regime ditatorial, sem meter esqueletos no armário.

Se o Papa Francisco conseguir sanear a Igreja, defender e confortar a parte mais frágil do seu rebanho, recusar tentações hegemónicas da fé católica sobre as outras e evitar meter o bedelho onde não é chamado, já terá cumprido bem o seu papel e a poderosa marca continuará a ter o sucesso de que goza há mais de 2000 anos.