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sábado, novembro 26, 2011

A condição humana




Estas duas imagens do mesmo homem, Seif Al – Islam, filho de Kadhafi, dão que pensar, a quem tiver alguma vontade de o fazer, sobre os velhos temas da condição humana e da sua circunstância.

segunda-feira, abril 18, 2011

Misteriosa magia da cadeira

A magia da chamada “cadeira do poder” sempre foi, e continua a ser, para mim, um verdadeiro mistério.
Quem nela se senta não a quer largar nem a camartelo. Pode sofrer os maiores desaires, humilhações, intromissões, engolir sapos mas deixá-la…deus os livre.
Há o poder real, o pequeno poder e o hipotético poder, mas todos parecem ser irresistíveis.
Sócrates tem passado as passinhas do Algarve, é talvez o político português mais mal tratado no pós-25 de Abril, acusado de tudo e mais um par de botas, mas não larga a cadeira.
Passos Coelho, que parece ser um homem de grande visão política e que ainda não chegou ao poder já está a dizer mentiras demonstráveis (não foi avisado do PEC IV, afinal houve um telefonema, não, afinal houve mesmo uma reunião), sonha todas as noites com a cadeira e não lhe chega a hora de tomar assento.
Cavaco sentou-se nela e quis voltar a sentar-se, só mesmo para se sentar; até me faz lembrar o Grande Chefe Boi Sentado. Tomou assento e ficou sossegadito, como quem diz – briguem-se para aí à vontade que daqui ninguém me tira; ganhei a cadeira, era só o que eu queria.
Fernando Nobre lutou pela mesma cadeira assegurando que não queria nada com os partidos, só com os cidadãos. Perdeu essa cadeira mas, quando lhe acenaram com a cadeira central do hemiciclo de S. Bento disse logo que sim. Mais vale uma cadeira no traseiro que duas a voar. Nem conhece o programa pelo qual vai fazer campanha, ele só quer mesmo é a cadeira.
Basílio Horta, que chegou a ser líder do CDS, na eminência de perder o lugar de presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo vai ser candidato a deputado por Leiria, nas listas do PS, para não ficar sem cadeira.
Na demanda de cadeira similar, Ferro Rodrigues, político de esquerda que veio do MES para o PS, depois dum exílio dourado na OCDE em Paris, exílio que não podia durar o resto da sua vida, volta para ser cabeça de lista do PS por Lisboa. Pode dizer-se que esse é do PS mas, com mil diabos, não precisava de ser do PS de Sócrates. Mas então, e a cadeira?
Não saberão fazer mais nada? Se calhar até sabem mas, embora para mim continue um mistério insondável, está visto que a poção mágica da cadeira é mesmo muito poderosa.
Quase veneno, ou “substância ilícita” altamente viciante.