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segunda-feira, dezembro 22, 2014

Eles na tv













 
 
Para as crianças deve ter sido assustador; para todos os outros foi apenas grotesco.
Dois bonecos, macho e fêmea, perfilados em cenário natalício, cumprindo uma formalidade, foi o que vi.
Actores canastrões sem talento, exibiam uma ferocidade controlada e impotente,  nunca conseguindo disfarçar o mal-estar que os tomou.
Assim vi Aníbal e Maria Cavaco Silva, a meio corpo, no mui difícil dia em que se sentiram obrigados a aparecer na tv para desejar Boas Festas a um país que, eles sabem, nutre por eles um profundo desprezo.
Faço parte desse país, como é óbvio.
Nota:Este episódio pícaro da vida portuguesa poder ser vista na página oficial da Presidência da República

 

quinta-feira, maio 30, 2013

Uma verdade elementar

Quem anda por aqui, perto de mim, gosta de me gozar dizendo que eu tenho um ódio de estimação por Jorge Sampaio.        
Não é verdade.

É certo que ele foi uma das pessoas que mais me desiludiu em política, e também continuo a achar que muitos dos males que vivemos hoje têm origem em decisões suas. Porém, isso não é nenhum ódio, muito menos de estimação. Foi apenas um desacordo político, embora dos grandes.

Desde que saiu da presidência, Sampaio remeteu-se ao silêncio sobre o país.
Até agora, quando, logo após o Conselho de Estado, deu uma entrevista a Maria Flor Pedroso na Antena 1 da RDP.

Nessa entrevista falou acertadamente, com base num pensamento político sólido, como lhe é próprio, mas sem proferir, sequer, uma frase susceptível de ser largamente citada ou tomada como bandeira.

O mais importante dessa entrevista, quanto a mim, foi o não-dito.

Creio que, com este seu reaparecimento, Jorge Sampaio tentou, in extremis, que os portugueses não esquecessem uma verdade elementar − a Presidência da República é um importante órgão de soberania que pode, e deve, ser ocupado e exercido com dignidade.